terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Cárcere


Meu medo é negro como a noite sem fim
Com garras de ódio desumano,
Coração gelado, olhos do Diabo,
Presas de marfim.

Me aprisiona em sinápses de ferro,
Me envenena o sangue com bile de serpente,
Me paralisa com suas quelíceras,
Me enrola em sua trama entorpecente.

Me julgo mais esperto e tento fugir,
Mas tudo faz parte do plano.
Ele me persegue por becos escuros
E me captura, rouba meu sono.

Rogo aos Deuses por socorro,
Mas nada podem fazer.
Meu agressor tem o meu rosto
E rouba todo o meu prazer...!

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