sexta-feira, 20 de junho de 2008

Sonho e Suspiro

Será que sonho tem prazo de validade? Será que estraga ou mofa?
Meus sonhos não se compram em padarias. Não são de pão com creme e açucar. Assim como não são suspiros, mas supiro com eles.
São quentes como verão e me aqueceram a alma. Mas estão mofados, como eu disse e só resta a lembrança do sabor que tinham.
Será que podem ser recuperados? Acho que vou ter que fazer mais alguns. Já não os tenho mais. Jogaram-os no lixo. Se desfizeram deles. O tempo tomou conta.
Só me sobraram os sonhos da padaria e os suspiros foram abafados. Muito açúcar pro meu gosto, depois que eu provei o amargo.
O sal do suor também não me satisfaz. Nem as batidas efêmeras do coração acelerado. Tive fome de romance, mas nem mais as rosas exalam seu perfume.
Quero que se danem, tenho mais o que fazer. Os confeiteiros não me ouviram e agora não quero mais seus doces. Chega de sonhos e suspiros. Chega de romance também.

Talvez eu compre um chocolate...

...ou um hambúrguer...


terça-feira, 17 de junho de 2008

Unsaid


Dream, oh boy
and cross the gates
through the edge of reality
beyond time and space

Gaze at the sky
and bathe in moonlight
cover yourself
with the robes of the night

Dream, moonchild
in the strengh of your heart
So pure are your eyes
and the secrets you hide.

Conceal your dreams
they concern no one else
Like the words left unsaid
keep it all in your past

It will not last
for long...

Carvão


Surgiu como um clarão
Um raio me cortando a escuridão
E veio me puxando pela mão
Por onde não imaginei seguir
Me fez sentir tão bem, como ninguém
E eu fui me enganando sem sentir
E fui abrindo portas sem sair
Sonhando às cegas, sem dormir
Não sei quem é você
O amor em seu carvão
Foi me queimando em brasa num colchão
E me partiu em tantas pelo chão
Me colocou diante de um leão
O amor me consumiu, depois sumiu
E eu até perguntei, mas ninguém viu
E fui fechando o rosto sem sentir
E mesmo atento, sem me distrair
Não sei quem é você

No espelho da ilusão
Se retocou pra outra traição
Tentou abrir as flores do perdão
Mas bati minha raiva no portão
E não mais me procure sem razão
Me deixa aqui e solta a minha mão
Eu fui fechando o tempo, sem chover
Fui fechando os meus olhos, pra esquecer
Quem é você?
==== Ana Carolina ====