quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A rosa na escada


Só havia cinza ao redor.
Rostos brancos a passar.
Procissão de gente
Indo a nenhum lugar.

Eu tocava as pedras frias
das paredes me cercando.
Uma cidade de sonho.
Cor sou eu, que estou amando.

Eu corro querendo você.
Meu templo, meu santuário.
Corro tentando te ver;
Um pouco de cor
num mundo grisalho.

E ao passar não sentia
nem o vento nem a estrada.
So a pressa que crescia
enquanto eu te procurava.

Via prédios ao inverso.
E eis que na escadaria,
ora certa, ora invertida,
um ponto escarlate eu avisto.

A rosa que eu perseguia
e que agora eu encontrava,
era ela, mulher, cigana,
por quem eu me apaixonava.

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