Tenho meus dedos na boca, cobrindo-a.
Minhas unhas entre os dentes,
Mas não as roo, apenas mordo.
Mordo as unhas para não morder os lábios.
Morder não sei porque.
Minhas unhas entre os dentes,
Mas não as roo, apenas mordo.
Mordo as unhas para não morder os lábios.
Morder não sei porque.
Quebraria pratos se eu pudesse.
Atiraria nas paredes.
Liberaria os sentimentos
Tão presos, tão densos, tão tensos,
Tão meus...
Atiraria nas paredes.
Liberaria os sentimentos
Tão presos, tão densos, tão tensos,
Tão meus...
Mas de que adiantaria?
Não há alivio, só saudade.
Saudade do que?
Saudade do que não tive?
Talvez saudade do que eu queria ter.
Não há alivio, só saudade.
Saudade do que?
Saudade do que não tive?
Talvez saudade do que eu queria ter.
E meus olhos tão confusos, tão molhados,
Escorrem em verde-mata,
E eu choro o que me mata:
A tristeza que me embreaga.
Escorrem em verde-mata,
E eu choro o que me mata:
A tristeza que me embreaga.
Mas me embreago também por dentro.
De um gole só meto pra dentro
A aguardente guardada no armário.
De um gole só meto pra dentro
A aguardente guardada no armário.
E como arde minha garganta,
Ao descer o quente veneno.
Rapidamente me esquento
E já não sinto mais nada.
Ao descer o quente veneno.
Rapidamente me esquento
E já não sinto mais nada.
Mas o efeito é tão curto,
Dura só alguns minutos e uma gargalhada
E a lembrança retorna amarga
E eu me ponho novamente a chorar.
Dura só alguns minutos e uma gargalhada
E a lembrança retorna amarga
E eu me ponho novamente a chorar.
Eu sei e você sabe
Que é mais importante a amizade,
Que o amor acaba em um só instante
E o que resta e só saudade.
Que é mais importante a amizade,
Que o amor acaba em um só instante
E o que resta e só saudade.
Mas não tenho mais esperança
De ter você no meu ninho
E te dar todo o meu carinho
Um beijo de amor após uma dança.
Eis que a vida matou a criança.
Que existia no meu passado.
De ter você no meu ninho
E te dar todo o meu carinho
Um beijo de amor após uma dança.
Eis que a vida matou a criança.
Que existia no meu passado.
Depois de um tempo, eu aprendo
Que a vida é tão insegura...
O amor nunca foi uma benção.
O amor é apenas loucura...
Que a vida é tão insegura...
O amor nunca foi uma benção.
O amor é apenas loucura...
3 comentários:
amor amei, vc deveria fazer um livrinho com seus poemas e versos...
Quanto o amor, isso é doença... amor sincero é de familia, pelos bichinhos... esse tipo de amor, já não confio mais não... é tudo ilusão, e nem adianta ficarmos triste com isso, temos q aceitar...
te amo meu lindo, saudades... nosso amor sim, q eh verdadeiro... o amor do sangue
:********
ass: sua prima Nanda
Meu querido, vc tem MUITO talento. É sério Erick, não leve isso como apenas um elogio de uma amiga. Esqueça isso. To falando como ser pensante, capaz de fazer uma crítica (e acredite, eu sou BEM chata). Você tem o principal dos poetas: sentimento! Tudo o que você escreve está cheio deles. E é só disso que precisam pra serem perfeitos.
Siga o conselho da sua prima e faça um livrinho! Eu te ajudo ;)
Beijos e agora vou te seguir aqui, sempre!
Parabéns! Muito bonito...
É preciso respirar mais intensamente, levar o ar até os pulmões e dissolver as partículas a cada parte do corpo, esvaziar; olhar para frente e ver que ainda brilha; acreditar; pulsar, irradiar.
Entregar a terra e voar; acreditar.
Se escorre, também limpa, purifica e faz acreditar.
Dos venenos só posso dizer que realmente machuca; procurar um remédio, sempre tem; basta acreditar; achar.
Amor; virar página; capitulo novo; acreditar.
Esse livro tão confuso, mas que no final verá que vale a pena acreditar.
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