Batidas na porta da frente:
É o Tempo!
Eu bebo um pouquinho
Pra ter argumento...
Mas fico sem jeito,calado; ele ri.
Ele zomba do quanto eu chorei
Porque sabe passar
E eu não sei.
Num dia azul de verão,
Sinto o vento.
Há fôlhas no meu coração:
É o Tempo...
Recordo o Amor que perdi,
Ele ri.
Diz que somos iguais,
Se eu notei...
Pois não sabe ficar
E eu também não sei...
E gira em volta de mim,
Sussurra que apaga os caminhos.
Que amores terminam no escuro
Sozinhos...
Respondo que ele aprisiona,
Eu liberto
Que ele adormece as paixões,
Eu desperto...
E o tempo se rói
Com inveja de mim.
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de Amor
Pra tentar reviver...
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer.
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer...
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